UM OLHAR SOBRE OS CURSOS DE BACHARELADO EM ARQUIVOLOGIA NO BRASIL À LUZ DO REGIME DE INFORMAÇÃO
Analisa os elementos do Regime de Informação e as ações de informação na forma de vida acadêmica para a constituição dos Cursos de Bacharelado em Arquivologia no Brasil. O marco principal desta pesquisa foi um olhar para o contexto da constituição/expansão desses cursos. Nesse sentido, explora as mediações dessa forma de vida acadêmica a partir do modelo de Regime de Informação proposto por González de Gómez (1999), partindo do pressuposto de que a cultura informacional, compartilhada pelos atores no âmbito de certo espaço social, contribui para se entender sua aplicação em certo contexto. Como ponto inicial, identifica os Cursos de Bacharelado em Arquivologia do Brasil a partir de 2000 e seus respectivos atores sociais que têm currículo na Plataforma Lattes. A escolha do tema foi motivada por proporcionar um espaço que favoreça o estudo dos currículos adotados nos Cursos de Bacharelado em Arquivologia no Brasil, de modo a oferecer contribuições utilizando as abordagens do perfil institucional e do perfil docente relacionadas às ações dos atores sociais, dos conteúdos e dos recursos institucionais/docentes, do poder implícito e das diferenças no perfil das instituições e dos docentes, estabelecendo parâmetros entre a teoria e a prática na área. O referencial teórico aborda a Arquivologia brasileira no contexto do Regime de Informação e a possibilidade de uma inteligência coletiva na forma de vida relacionada à Arquivologia no Brasil. A pesquisa é de natureza descritiva, a partir de uma abordagem qualiquantitativa, e os caminhos de processos de busca e análises dos dados foram delineados com os princípios do método indiciário de Ginzburg (1989) e da técnica de brauseio de Araújo (1994). Os resultados demonstram que a pesquisa contribui para mais abertura de um Regime de Informação nos Cursos de Arquivologia brasileiros, sobretudo no que tange aos perfis institucional e docentes, com discussões voltadas para a harmonização curricular. O estudo mostrou que é preciso fazer mais pesquisas na área arquivística, porquanto uma melhor comunicação científica entre os atores contribuirá sobremaneira para que isso ocorra. Conclui-se que a pesquisa colabora com dois eixos, dos cinco propostos pela Reparq, para promover a harmonização curricular dos Cursos de Arquivologia brasileiros, e que fornece dados para que os atores sociais, a partir do levantamento da formação docente de cada ator, possam incorporar em sua praxis profissional informações relevantes. Espera-se contribuir também para formar uma rede de comunicação de pesquisa entre a Arquivologia e a Ciência da Informação.