Mudança no padrão demográfico dos doadores de órgãos no Paraná.

MUDANÇA DO PADRÃO DEMOGRÁFICO DOS DOADORES DE ÓRGÃOS NO PARANÁ.

A demanda de órgãos para transplante necessita de um sistema eficaz na identificação de potenciais doadores.

Estudo de delineamento transversal, pela análise do banco de dados da Central Estadual de Transplantes do Paraná. Cobre o período de 01 de janeiro de 2011 a 31 de dezembro de 2019 e inclui todos os doadores de órgãos efetivos.

A expansão da base de doadores no Paraná, atingindo 43,8 doadores/pmp em 2019, ocorreu pelo aumento da média de idade (46,3±1,68), principalmente da faixa etária dos 50 aos 79 anos. Houve mudança na principal etiologia de morte encefálica, modificada dos traumatismos crânio-encefálicos (28,10%), para os acidentes vasculares cerebrais (46,35%). A média do número de transplantes realizados por cada doador efetivo foi de 2,14±0,37, com média de 52,24±18,48 transplantes pmp. A queda da razão transplantes/doador efetivo é contrastada com o comportamento da linha dos transplantes/pmp. Perfil de doadores ideais foi modificado para doadores de critérios expandidos.

Reputamos ao presente sua principal força a de relatar a evolução do programa estadual de transplantes nos últimos anos. Esses dados permitem ao leitor uma visão geral da performance do programa paranaense de doação de órgãos. Visualização de novas métricas de eficiência são consequência da presente análise, assim como permitem o benchmarking com outros estados da federação e outros países. A ampliação da base de doadores consegue beneficiar um número cada vez maior de pacientes.

Doador de órgãos. Transplante. Morte Encefálica. Epidemiologia. Saúde Pública.